Muitos dos produtos que consumimos no nosso dia a dia como detergentes e sabões líquidos, produtos de higiene corporal, filtros solares, tintas e resinas industriais, são alguns exemplos de muitos outros produtos que contêm alquilfenóis. Subprodutos proveniente da biodegradação desses produtos possui atividade hormonal estrogênica, que mesmo em concentração baixas, nos esgotos sua concentração torna-se elevada. Nas estação de tratamento de efluentes domésticos, onde acabam sendo eliminados, os alquilfenóis hidrossolúveis não são removidos e, consequentemente, voltam na água que ingerimos. Essas substâncias foram detectadas na água tratada de Araraquara e Campinas (SP). Devido ao constante contanto dos seres humanos, os alquilfenóis são considerados um exemplo de desreguladores endócrinos.

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A desregulação endócrina talvez seja a questão toxicológica que mais chama a atenção da comunidade científica e das autoridades ambientais, provavelmente devido à dificuldade de tratamento. Os compostos com atividade endócrina (desreguladores endócrinos ou xerormônios) podem ser definidos como “qualquer substância de fora do organismo que causa alterações da função endócrina em organismos saudáveis, ou em seus filhotes”.

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A preocupação quanto às consequências da exposição de seres humanos e animais selvagens  a essas substâncias tornou-se tardiamente um tema para debate sobre as questões ambientais. Fala-se que somente a partir dos anos 90, a comunidade científica começou a dar mais atenção aos impactos dos desreguladores endócrinos na natureza. 

 

Atualmente, existem evidências convincentes de que a exposição de animais selvagens a níveis elevados de desreguladores endócrinos pode resultar em deficiências reprodutivas e do desenvolvimento, tais como malformações genitais, comportamento de acasalamento aberrante e insuficiência reprodutiva, além de outras consequências graves. 

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